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O que é que as empresas procuram num candidato?

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O que é que as pessoas procuram umas nas outras? Será que aquilo que as empresas procuram é diferente daquilo a que os candidatos se propõem? As empresas querem empregados ou colaboradores? E os candidatos querem um emprego ou um trabalho?

Responder formulando novas interrogações… perguntas que pretendem suscitar outras perguntas e, com sorte, umas quantas respostas. Desafio a repensar a tão conhecida lei da procura e da oferta. Saber o que se procura ajuda a oferecer uma resposta.

Quem quer o quê? Quem pode oferecer algo em troca de receber aquilo que procura. Uma maioria procura um emprego, poucos são os que procuram trabalho, muitos são os que precisam de dinheiro para viver e outros mais vivem para o dinheiro. As empresas que procuram trabalhadores e em troca oferecem dinheiro, são as mesmas que querem fazer dinheiro com os seus trabalhadores/investimentos. Será que podemos afirmar que para ter dinheiro é preciso “fazer” ou saber “gerar” dinheiro?

“Ter/Fazer” dinheiro no contexto empresarial, é isso que interessa, e que nos obriga a pensar numa moeda. Pensar na moeda de troca é repensar os dois lados da moeda: A CARA –perspectiva/visão do candidato e A COROA – perspectiva/visão da empresa. Ter presente estas duas visões, torna-nos conscientes de que qualquer análise deve ter, no mínimo, dois lados. Com essa moeda no pensamento, talvez seja mais fácil oferecer a “receita secreta” que todos procuram, com vista a se transformar no Candidato escolhido. Com a certeza, porém, de que mesmo a receita mais perfeita deixa espaço para alguma improvisação, criatividade, e imaginação.

A RECEITA DA CARA

1 dose de entendimento – exame/análise das nossas capacidades, sobre o que conseguimos, aquilo que sabemos e que podemos ter/fazer;

1 dose de empreendedorismo – apostar no que fazemos bem e aplicarmo-nos no que temos mais dificuldade, saber arriscar, investigar, pesquisar, criar de forma a contribuir para alguma evolução na empresa/projecto que queira impactar;

1 dose de formação/vocação –  saber não ocupa espaço, buscar, procurar, investir em formação, em tecnologia, saber ser curioso, praticar, vivenciar, experimentar ajuda a crescer, a evoluir e a ganhar destaque;

A RECEITA DA COROA

1 dose de EXPERIÊNCIA/CONHECIMENTO DIVERSIFICADO adquirido – colaboradores formados, experientes e capazes, com impacto no mercado, que estejam disponíveis para contribuir activamente no crescimento/resultado da empresa;

1 dose de INOVAÇÃO– colaboradores capazes de produzir ideias inovadoras, soluções, resultados, capazes de apresentar/desenvolver estratégias diferenciadoras, que demonstrem paixão no que fazem;

1 dose de CRESCIMENTO/RESPONSABILIDADE– capacidade para assumir, para fazer, para aprender, para ensinar, para arriscar, para ouvir, para evoluir;

É na mistura, na combinação, que está o ganho. Saber dosear, sentir, ouvir, observar e atrever-se a fazer, a dar o primeiro passo, pode ser o caminho. Pode ser uma resposta. Só vamos saber se nos oferecermos a responder ao que se procura.